sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Runas - parte 2


Magia Rúnica

De todas as formas de magia que conheço, esta é a que considero praticamente perfeita (se é que isso existe).

Através das runas se pode obter tudo aquilo que desejar se trabalhar de forma correta com elas, depois de tê-las consagrado.

A magia rúnica ao contrario das outras magias funciona na pessoa para quem elas são consagradas e não em outras pessoas ou no entorno.

Elas, as runas depois de consagradas e entregues ao destinatário, agem na cabeça da pessoa, produzindo as mudanças necessárias em seus pensamentos e ações, de forma que ela obtenha a realização do seu desejo.

Por exemplo, alguém deseja ser promovido a um cargo que já esta ocupado por outra pessoa; nesse caso se escolhem as runas para esse propósito, e se entregam a pessoa depois de tê-las preparado.

A pessoa que ocupa o cargo desejado não perderá o emprego para que alguém obtenha um desejo por meios ilícitos, gerando assim um longo karma, dependendo do dano que causar.

Podem acontecer duas coisas: ou a pessoa que ocupa o cargo desejado vai ser promovida ou deslocada para uma melhor situação, ou sera criado um cargo paralelo, para que as duas possam continuar trabalhando e evoluindo profissionalmente.
As runas jamais prejudicam o entorno ou as pessoas que estão alheias ao seu poder.

Alem disso a pessoa que encomenda as runas, deve dizer o que oferece em troca do que vai obter -não se trata do pagamento ao mestre/a que as consagrará, isso fica entre os dois- também não implica em coisas caras ou materiais, pois que isto é nada mais que um teste de seu caráter.

É a forma de devolver ao cosmos uma pequena parte do que vai usufruir, para que a Roda da Fortuna gire e possa assim beneficiar outras pessoas.

Esta oferenda, nunca é paga antes do desejo realizado, mas assim que isso acontecer, se você não procurar fazê-lo, a “cobrança” chegará a você de alguma forma.
Para que fique claro vou lhes contar o que aconteceu comigo.


Muitos anos atras eu desejava ter um carro somente meu; e pensei que seria uma forma de testar o poder das runas, já que eu não tinha dinheiro para comprá-lo.
A minha oferenda ao cosmos, foi uma contribuição a sociedade dos paraplégicos da cidade na qual vivia, pois já tinha me envolvido com ela algum tempo atras.
Me pareceu justo, pois como eu andaria motorizada, e teria facilidade para me locomover, me pareceu adequado ajudar os que não podiam fazê-lo.

Dois dias depois de ter consagrado as runas e muito ansiosa porque anda não havia acontecido nada a respeito, me telefonaram de uma companhia que vendia consórcios, me oferecendo comprar o consorcio de um Gol.
Obviamente fechei o negocio no outro dia; iso foi numa quinta-feira e me lembrei de ir na sociedade dos paraplégicos para pagar o que tinha oferecido.

Passou uma semana, e sempre algo ou a preguiça me impediam de ir fazê-lo, pois ficava do outro lado da cidade, longe dos lugares por onde eu andava.
Na sexta-feira da outra semana, eu estava na fila do banco, do lado de fora, e passou uma camionete da sociedade dos paraplégicos, que andava na cidade buscando doações.

Me prometi então que na segunda-feira iria lá e faria minha contribuição, que era bem pequena, comparada com o que eu ganhava na época.

Eu tinha oferecido 900 cruzeiros, e ganhava por volta de 14000; aconteceu que na segunda de manhã, bateram na minha porta, e minha empregada atendeu e veio me dizer que estavam vendendo caixas de correio para colocar nos portões.
Primeiro disse a ela que não, mas depois lembrei que meus cachorros destruíam minha correspondência, e que ela perguntasse quanto custava.

Nem imaginam a minha surpresa quando ela voltou me dizendo que custava 900 cruzeiros, e que eram produzidas pela associação dos paraplegicos.

Claro que comprei a caixa de correio, e fiz assim minha oferenda ao cosmos.

O incrível é que eu morava no subúrbio, bastante longe do centro da cidade e mais ainda da sociedade em questão, mesmo assim eu considerei que as runas haviam vindo me “buscar”, para que eu pagasse o que havia oferecido.

Mas como disse antes não é uma questão material ou de dinheiro, e não significa que se oferecer muito vai obter mais.
É preciso fazer o que pareça justo, nem mais nem menos, pois não ha necessidade; porem o que você oferecer pague-o depois ou perderá aquilo que as runas lhe deram.

E pode acreditar que funciona assim, mas se quiser experimente; também lhe aconselho que não espere que elas lhe procurem, pois isso pode não acontecer e você perderia aquilo que obteve, por isso pense bem antes de fazer sua oferenda, de forma que possa cumprir com ela, assim que se realizar o seu desejo.



Já tive clientes que ofereceram serviços, ou pequenas coisas dentro de suas possibilidades financeiras; como ser alimentos para lugares carentes, ou cobertores, ou roupas usadas pedidas a outras pessoas, e assim por diante.
Nunca ninguém voltou e me disse que não havia obtido o que pediu as runas.

Uma vez um cliente muito bom que eu tinha e que consultava freqüentemente comigo, ao que já havia feito alguns sigilos com runas para sua empresa, me perguntou se poderia encontrar uma amante através das runas; ele era casado e não queria separar-se da mulher pois gostava demais dela, somente queria uma pequena aventura.

Joguei as runas para saber, e novamente outra surpresa: elas me responderam que sim, mas que para coisas ilícitas elas eram quem determinavam a oferenda, ao contrario de quando são bons desejos.

No caso dele, elas disseram que o preço que ele pagaria seria perder seu casamento.
Como ele não queria isso, me disse que as fizera, mas que as guarda-se sem consagrar; a verdade é que nunca me pediu para fazê-lo, mesmo que continuou consultando comigo durante anos, depois disso.

Isto é outra coisa a ser tida em conta, quando se trata de desejos “ilícitos, ilegais ou imorais”: o preço pode ser demasiado alto e você não estar disposto a pagá-lo.

Nunca investiguei o que aconteceria no caso de fazer runas para o mal, mas em decorrência do que vimos acima acho que realmente essa parte não me interessa.



(por Debora Rocco para magiabruxa. com)

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