quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Runas - parte 4

Ritual de consagração dos Sigilos



As runas depois de consagradas passam a ser chamadas sigilos, que significa segredo.
Durante o ritual se evoca a força que jaz adormecidas nelas e se “carregam” com uma quantidade de energia, parte da qual passa ao destinatário, quando se envia a runa a ele, e parte permanece “ativada” na runa,
de forma que o prepósito para qual foi consagrada a runa, se realize.

Evocar:
Refere-se ás palavras que são pronunciadas sobre as runas para concretizar a sua força:é uma chamada do potencial que contêm para o atual.
As palavras são dirigidas para os objetos sobre os quais as runas forma gravadas, ou sobre as próprias runas (como no caso da consagração do jogo de runas).
O objeto rúnico torna-se temporariamente a morada da força até que elas sejam enviadas para cumprir o propósito do Chamã ou Mestre/a de Runas.

Todos os encantos mágicos são curtos, métricos, rimados, e vão direto ao ponto.
Podem ser compostos na forma de charada de modo que alguém escutando-o não perceberá o seu significado.
Freqüentemente são repetidos inúmeras vezes numa voz cantada, para induzir um transe e sua mensagem atingir o subconsciente.
Os encantos rúnicos usarão os nomes dos deuses teutônicos como palavras de poder.

Envio:

Libera as forças das runas em direção ao alvo; evocar é carregar a arma, enviar é apontar e disparar.
Pode ser feito manualmente, passando as runas a outra pessoa ou escondendo-as num lugar específico; quando não podem ser despachadas para o objeto de desejo, as runas devem ser enviadas através dos elementos: jogue-as ao mar, rasgue em pedaços e lance-os ao vento, ou queime-as.



Relação dos elementos com o envio das runas:

Fogo: presta-se para trabalhos de guerra, ódio e violência.
Ar: ciência, filosofia, julgamento e justiça.
Água: Amor, arte, prazer e ilusão.
Terra: Construção, força e resistência.

Os sigilos, somente devem ser vistos pela pessoa para a qual foram consagrados; se alguém as vê, inda que seja acidentalmente devem ser consagradas novamente, pois perdem a sua força.

Por esse motivo devem ser bem guardadas, escondidas, e não é necessário que andem com elas encima.
Alem disso a pessoa que as recebe, tem de olhar para elas três vezes por dia, e lembrar do motivo para o qual foram carregadas.
Se não se seguir este procedimento, mesmo que tenham sido bem trabalhadas, não atingirão o seu prepósito.


Como executar o Ritual

Colocar no Altar uma vela branca pequena, uma vasilha com água salgada; as runas para consagração devem estar dentro do circulo.

A seguir trace um circulo de proteção, de cor dourada, na altura do horizonte, começando pelo Norte, com o indicador da mão direita, imaginando a Luz saindo do seu dedo; faça isto de olhos fechados.
Depois, de joelhos, acenda a vela branca, lave as mãos e o rosto na água salgada, para purificar-se, e não se seque.
Observe a vela, e medite uns minutos no que vai fazer, respire fundo e prossiga.
De pe, bata na mesa com os nós dos dedos (ou com o Martelo de Thor, se já o tiver), quatro vezes, e diga:

“Este ritual para abertura do Caminho da Luz, esta plena e verdadeiramente aberto.”

Fazer o Sinal, com os dedos em posição de benção:

Tua é a Coroa (tocar a fronte)
E o Reino (tocar o Sopro-boca)
A Força (tocar o ombro esquerdo)
E a Gloria (tocar o ombro direito)
A Lei Eterna ( tocar o coração)
Amém (direcionar os dedos á chama)

Agora é preciso selar o lugar no qual você esta trabalhando, para proteger-se da irrupção de influências não desejadas.
Para isso, com o dedo indicador da mão direita ou com sua varinha magica, no caso de ter uma, desenhe uma estrela de cinco pontas em direção aos pontos cardeais, e a runa que lhe corresponde dentro como mostram os gráficos a seguir, invocando as forças de cada quadrante.
Estas estrelas devem ser “desenhadas” na altura onde junta o teto e a parede do lugar em que se encontra.

Começar a selar pelo quadrante Norte, fazendo a invocação enquanto faz o desenho; os outros quadrantes seguem o mesmo processo.


NORTH “Espíritos e Forças do Vento,
atendam e testemunhem este ritual;
levem meus desejos ao Inominável,
abram para mim os Caminhos da Luz”




SOUTH “Espíritos e Forças do Fogo,
atendam e testemunhem este ritual;
levem meus desejos ao Inominável,
abram para mim o Caminho da Luz”




WEST “Espíritos e Forças da Cavernas,
atendam e testemunhem este ritual;
levem meus desejos ao Inominável,
abram para mim os Caminhos da Luz”




EAST “Espíritos e Forças das Ondas,
atendam e testemunhem este ritual;
levem meus desejos ao Inominavel,
abram para mim os Caminhos da Luz”





“Espíritos e Forças da Luz,
atendam e testemunhem este ritual;
levem meus desejos ao Inominável,
abram para mim os Caminhos da Luz”


Estas imagens e as runas que as acompanham devem ser visualizadas na cor branco brilhante quando desenhadas, e as setas numeradas na primeira estrela, indicam a ordem das linhas que devem ser seguidas para desenhá-las corretamente.

Depois de terminar com as cinco, colocar-se no meio da peça onde se encontra com os braços abertos e imaginar um raio de Luz branca vindo do alto e entrando pela sua cabeça atravessando o corpo até os pés.
Outro raio amarelo atravessando-o de lado a lado, e um raio azul, atravessando-o de frente para trás, e dizer:

” Os quatro me cercam,
as chamas acima, as ondas abaixo,
eu sou o coração dos quatro,
eu sou o centro do Universo.”

Manter a imagem alguns segundos, e depois imaginar que está subindo uma montanha e que o Deus Odin, vem ao seu encontro no topo.
Dizer:
“Eleva-me deste lugar terreno,
mostra-me Tua Face Sagrada”

Depois disso continuar com a visualização, até que você se “vê” sentado ao redor de um circulo rúnico, com o Deus Odin.
Mantenha essa imagem por alguns momentos, procurando que seja clara a visão do que esta acontecendo.
Nesse ponto, dirija-e ao altar e pegue sua varinha, ou aponte seus dedos como na posição de benção em direção as runas e diga:

” De Destino e Força eu falo agora,
As Nornas agora eu invoco, sejam
Os Deuses propícios para o meu
Trabalho.

Urd, Verdanky e Skuld,
Senhoras dos destinos dos homens,
Fiam, tecem e ceifam
As vidas humanas,
Propiciem-me o uso desta Força.

Eu as invoco em nome do Asgard,
Do Aesir e dos Elfos da Luz, para
Que eu possa consagrar estes sigilos”

Fazer agora o pedido e a oferenda, depois fechar os olhos e imaginar uma corrente de luz branca que desce do alto até sua cabeça, seguindo pelo ombro direito até seu dedo indicador e dele para as runas inundando o circulo rúnico com essa luz.
Se ainda puder, imagine na sua visualização da montanha, que Odin faz o mesmo e “carrega” suas runas com um imenso Poder que emana Dele.

Mantenha a imagem na sua mente, não se apure por terminar.
Dizer :
“Oculta-me tua face imponente,
leva-me de volta ao meu lugar terreno”

A seguir veja-se, sendo conduzido por Odin de volta ao lugar por onde subiu nela;
Dizer:
“Sábio Odin, parta em Paz,
em nome do Inominável
eu permito e ordeno”

Nesse momento, Ele cobre seu rosto com o capuz, se vira e vai embora; você começa então a descer a montanha.
Quando chegar ao sopé da montanha, estará novamente no seu templo,
Dizer:
“Espíritos e Forças da Luz,
partam em Paz!
Em nome do Inominável
Eu permito e ordeno”

Continuar dizendo:
“Todos os Espíritos e entidades
convocados por este ritual
partam! Vocês não tem nada
mais a fazer a qui.
Pela Luz do Inominável, vão!
Vão, em paz!

Bater o pé direito três vezes, para reforçar a ordem.

Depois dizer:
Santo Tu és, Pai de Todos,
Santo Tu és , pela natureza não formada,
Sagrado Tu és, Grande Todo Poderoso
Senhor da Luz e das Trevas!

Fazer o sinal como no início:

De quem é a Coroa (tocar a fronte)
E o Reino (Sopro- boca)
A Força ( ombro esquerdo)
E a Gloria (ombro direito)
A Lei Eterna (coração)
Amém.

Para encerrar dizer:

“Este ritual para abertura do Caminho da Luz, esta plena e verdadeiramente encerrado”
Bater quatro vezes com os nós dos dedos da mão direita na mesa.
Desfazer com a mão as estrelas que foram “desenhadas” no começo do ritual, e absorver o circulo dourado de proteção, em sentido anti-horário, com o dedo indicador.
É muito importante desfazer todos os passos que forma feitos num ritual, tudo o que se fez tem de ser desfeito em sentido contrario, ou como mandem os passos do ritual.
Somente fazendo assim você evitará deixar “portas abertas”, por onde podem se filtrar criaturas ou influências não desejadas de outros mundos ou planos.
Pode parecer difícil de fazer, mas poderá ver quando o fizer que não é assim; inclusive posso lhes dizer que sempre fico “redemunhando” quando tenho um destes para fazer, mas depois que o faço sempre penso que era tão simples…

EPILOGO

Algumas pessoas podem se perguntar se é preciso ser um iniciado em magia, para poder praticar a arte magica das runas.
Na verdade que não é necessário, depende unicamente da pessoa que deseja percorrer o Caminho, e as qualidades essenciais para isso são um desejo de coração, fe e imaginação.

O que sei sobre ter de ser iniciado ou não por outra pessoa, é que os homens podem entrar no Caminho da busca da Verdade sozinhos, mas que chega num ponto desse Caminho no qual não podem mais progredir sozinhos, sendo que para isso precisam de uma companheira á altura que os leve mais adiante.

No caso das mulheres, é diferente; nos precisamos de um homem que nos “inicie” no Caminho, mas depois que entramos nele, podemos ir em frente sozinhas.

Esta “iniciação” de que falo não é uma iniciação magica, no sentido literal da palavra; esta iniciação trata de um homem, que pode ser pai, irmão ou amigo que nos desperte para o mundo espiritual de alguma forma, não implicando em que nos ensine algo de forma direta.

A “justiça poética” disto é que de qualquer forma um precisa do outro para buscar a Verdade.
Na monografia sobre a Magia Sagrada falaremos deste assunto, para que você possa ter uma clara idéia sobre os diversos tipos de iniciação e como acontecem.

Já ouvi dizer que entrar no Caminho da busca da Verdade é como tomar mate (Chimarrão no sul), sempre se começa para fazer companhia a alguém que nos convidou a experimentar, e salvo em raras exceções é sempre assim que acontece.

Eu disse “salvo em raras exceções”, porque pode acontecer de que uma mulher desperte sozinha para a espiritualidade, isso somente dependendo da bagagem cósmica que traz de suas existências anteriores, e de que tenha vindo a esta vida com o firme propósito de lembrar e recomeçar do ponto no qual parou na anterior.

Na quarta parte deste post, retomaremos a magia rúnica, e a
forma de compor sigilos e suas rimas, e o mais importante: as chaves para jogar as runas.

Darei exemplos de sigilos para resolver os assunto mais comuns que afetam a vida das pessoas.
Também ensinarei a fazer o Martelo de Thor, o Bastão e outros objetos mágicos, que o ajudarão nesta jornada mística.
Agora, para terminar lhes deixo um encanto rúnico, para que possam ter uma idéia de como devem ser.

Na árvore, uma fruta;
Na fruta, uma semente,
Na semente, uma árvore.

A semente do homem
descansa envolta em desejo.
Para plantar a semente
coma a fruta.

A semente não considera fruta,
a fruta não considera a árvore,
no entanto, os três são um.




(por Debora Rocco para o magiabruxa. com)

Um comentário:

Lancellote disse...

Oi Pehn Dragon

Gostei muito do seu blog
um tema que me fascina.
Inicialmente procurava
por runas vikings comparando
com o alfabeto dos anoes do
senhor dos aneis que achei
que lembravam.
Alem da propria cultura viking
que gosto.

Parabens pelo blog
belo trabalho e a musica
tambem e que gostou do meu tambem.


Um Abraço e Feliz 2010